terça-feira, 16 de janeiro de 2018

A Ausência..

Parece o título de um livro, mas não é!

Boas malta!
Espero que tenham passado bem, que o natalinho tenha sido bom e que a passagem de ano tenha sido óptima! Que tenham comido muito, que tenham aproveitado a época e que janeiro seja um mês de retrospectiva, reflexão e de novas perspectivas.

Em 2017 não houve aqueles posts cliché de natal nem de passagem de ano por que não tenho pachorra para isso, é um facto. Para mim é uma época cansativa e de puro stress, tendo portanto descurado aqui o blogzinho fofo do meu coração.

Foi uma época de muito trabalho - profissional e académico - pelo que canalizei energias para produtividade máxima e não consegui ir escrevendo.. Acreditem, vontade não me faltou!! Só faltou o tempo mesmo! Se desse, o dia tinha uma 36 horas e não 24.

Posto isto, que 2018 seja melhor que 2017 a todos os níveis e que haja tempo, ideias, amor e essas coisinhas que vocês sabem! Que seja sinónimo de mudança para melhor, de novos projectos, aprendizagens e de crescimento pessoal.

Por aqui, espero ir conseguindo por-vos a par da dissertação - que não, ainda não está terminada - e de novos projectos que possam surgir aqui no blog! 😁

Diz que é... Super Nanny...

Ora boas malta!
Sentiram a minha ausência? 
Claro que não, vós sois um povo atarefado com muito para fazer!
Brincadeira! Noutro post falarei então sobre a minha ausência por terras blogerianas.
Mas hoje não me consegui conter - Há-de ser para compensar a falta de posts
A ver se melhora neste ano!

Então o que me traz por cá hoje?? Hum??
A Super Nanny!!! Yupiiii!!!
Quem ainda não fez um gosto, um comentário ou até mesmo um post sobre o programa que levante o braço!!

Só ontem à noite consegui ver o tão difamado programa da SIC - Super Nanny.
E claro, cai o Carmo e a Trindade porque "Ai Jesus que a menina está a ser exposta e que vai ser gozada e vai ser vítima de bullying!"...
Eu já li uma enxurrada de palermices mas no meio ainda li algumas coisas de bastante valor.
Gostei imenso da parte "Então e a ordem dos psicólogos?", "Então e onde pára a CPCJ??", "Então e o bullying que a menina vai sofrer??"..

Primeiro que tudo, o português tem muito enraizado em si cuidar da vida dos outros e vai se ver, precisa muito mais de cuidar da sua e resolver os seus problemas antes de mandar postas de pescada e cuspir para o ar - e infelizmente não é só neste assunto da Super Nanny, acontece de um modo geral o povão indignar-se por meia dúzia de feijões.

Depois eu pergunto, ordem dos psicólogos? Como? Para quê? Ah espera, é pela profissional em questão estar de acordo a que seja exposto um dado conjunto de situações que envolvem uma criança de sete anos e parte da sua família, família esta que até concordou com a sua participação - que verdade seja dita, não sei em que moldes e se houve algum conjunto de regras que tiveram de seguir para participar no mesmo e durante as filmagens do programa. Voltando à profissional, a mesma estava a fazer o seu trabalho e a expo-lo aos espectadores, foi o que me pareceu, no entanto posso estar enganada..

Agora se me perguntarem se concordo com a forma como as coisas foram expostas, o caso muda de figura.

Quanto à questão "CPCJ" eu pergunto, é para isso mesmo que serve? Para um "ai meu Deus do céu nos acuda a todos por que foi feito um programa onde entra uma menina de 7 anos que está a ser exposta!!!" Valha-vos Deus e o resto dos santinhos do altar! Então vamos lá falar das novelas e afins onde vemos crianças a actuar. "Ah, mas calma porque essas crianças estão salvaguardadas, estão a ganhar dinheiro (?!) e podem fazer disso profissão.." É claro que podem fazer disso profissão, não deixam é de estar expostas enquanto seres menores de 18 anos. Ou é diferente?? (sim, vá, falem lá da questão do banho.....)

Em relação ao "Ai o bullying" nem sei o que dizer.. Então mas as crianças que exercem bullying a outras não estão à guarda de pessoas com dois dedos de testa para os repreenderem e darem um correctivo?? Não estou a perceber esse medo.. Quer dizer, até estou. Estou a perceber que existe mais receio de que uma criança seja vítima de bullying do que propriamente resolver esta questão, mas é a sociedade que temos a qual prefere apontar o dedo do que agir perante tal situação. É mais fácil, dá mais jeito e menos trabalho, não é verdade?

Voltando ao formato do programa, o que eu depreendi é que aquela situação não advém apenas daquela condição (ah e tal, a menina comportou-se daquela forma por causa das câmeras e dos desconhecidos e porque quer amor e carinho). Eu trabalho em atendimento ao público e não são precisas câmeras nem meia dúzia de desconhecidos para a criança desatar num berreiro quando ouve a resposta "não" aquando de qualquer pedido.
Do que vi, dada a condição de divórcio dos pais, a mãezinha (sim, em tom arrogante mesmo) daquela criança nunca lhe soube impor regras nem limites e eis o resultado - resultado este que não se pode esperar que mude em dois ou três dias, fazendo as contas, foram 5 anos sem regras nem limites.

Ai e o bater! Estava a esquecer-me dessa parte. Há bater e bater. Duas palmadinhas enxota moscas é para isso mesmo, enxotar a mosca ou o pó, e a criança nem vai perceber o que foi aquilo - quiçá um espasmo da mãe que pr'ali se lhe deu. É óbvio que não se vai dar uma tareia de meia noite à criança e mandá-la para o hospital. Eu até sou do tempo em que um olhar bastava para saber que se continuasse o que estava a fazer, as coisas iam correr mal para o meu lado e não é por isso que sou uma traumatizadinha.. E pasmem-se lá que também sou filha de pais divorciados!

Eis que agora todos são bons pais para os seus rebentos e todos sabem o que se deve fazer para que os meninos se comportem, não é verdade? Em vez de tentarem aprender algo com o programa, o melhor mesmo é destilar ódio, terror e veneno cá para fora. Pérolas a porcos, é o que dá!
Espero que este povão que vem criticar de forma negativa e nada construtiva tenha noção dos pequenos monstros que andam a criar: Crianças que não sabem ouvir um não (sim, é verdade e posso dizer que há pais piores!), que não têm regras, que não sabem onde estão os limites e super mimadas porque os pais não querem contrariar os rebentos.

Sou adepta de que se deve ensinar e explicar as coisas de forma calma, clara e coerente e não dizer "NÃO" só porque sim e para a criança se calar.
 
Agora outra coisa, que até ver ainda não li nada sobre.. Já alguém pensou que era mesmo isto que a SIC queria?? Total indignação! Mal ou bem as pessoas vão falar e apostava na primeira opção! Portanto, parabéns a todos - a mim inclusive por também ter escrito sobre o programa - a SIC conseguiu o que queria!
👏👏👏👏👏